domingo, 7 de março de 2010

Projeto Político Pedaógico

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................02
2 CONTEXTO SÓCIO-HISTÓRICO DA ESCOLA ................................06
3 NOSSA REALIDADE ESCOLAR .........................................................07
4 A BUSCA DA ESCOLA ALMEJADA ..................................................11
5 PROCESSO DE GESTÃO ......................................................................13
6 ORGANIZAÇÃO DE PESSOAL ...........................................................14
7 CONTROLE NORMATIVO E DEMOCRÁTICO ................................15
8 PROJETOS DA ESCOLA ......................................................................15
9 O CURRÍCULO ESCOLAR ...................................................................16
10 AVALIAÇÃO .......................................................................................17
11 PROPOSTA DA ESCOLA ...................................................................19
12 BIBLIOGRAFIA ...................................................................................22
13 ANEXOS ...............................................................................................28














1-INTRODUÇÃO

Vivemos numa época de profundas transformações sociais, políticas, econômicas, culturais e religiosas. Novos parâmetros passam a nortear a vida das pessoas. A globalização toma conta do mercado, as informações são muitas, surgem de todo os lados e de múltiplas maneiras. Enfim, esperam-se do indivíduo conhecimentos diversificados e habilidades mais aprimoradas para lidar com o novo modelo social que se faz presente.
Acredita-se que a educação pode ser o melhor caminho para que o indivíduo construa os instrumentos necessários para lidar com tanta diversidade, aprendendo a selecionar o que lhe é mais relevante, vencendo e superando os constantes desafios que lhe são apresentados.
Nesse sentido, é indispensável que a escola reformule seus papéis, reorganize sua estrutura física e administrativa, reflita sobre sua prática pedagógica e questione sua verdadeira finalidade, a fim de que possa contribuir, efetivamente, na formação de cidadãos mais criativos, críticos, autônomos e versáteis, que saibam superar as adversidades e conviver harmoniosamente.
Para que isso ocorra, a construção de uma nova proposta político-pedagógica na escola, é de fundamental importância, sendo imprescindível a participação de toda a comunidade escolar (pais, alunos, professores, funcionários), para que, realmente, se relevem os anseios, desejos e necessidades de todos os envolvidos, primando pela verdade e pelas propostas concretas e coerentes, visto que o Projeto Político-Pedagógico é muito mais do que uma mera organização de currículos e programas escolares. Conforme Santiago (1995, p.176),

um projeto político-pedagógico ultrapassa a concepção de reorientação curricular ou metodológica com finalidades especificamente cognitivo-instrumentais para incorporar, no cotidiano da escola, elementos ético-normativos, subjetivos e culturais do mundo concreto onde os sujeitos organizam-se e interagem.

Nesta perspectiva, a nova LDB propicia às escolas autonomia para elaborarem a sua proposta pedagógica e sugere que a escola seja um espaço de construção democrática, participativa e coletiva.
O Art. 15 da LDB 9394/96, quando trata da autonomia das escolas, assim se refere: “(o)s sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas gerais de direito financeiro público”.
A nova proposta político-pedagógica é um convite, um desafio e contém um projeto político de sociedade e um conceito de cidadania, de cultura e de educação. Pode expressar os desejos que as pessoas carregam consigo e ajudar na construção de uma sociedade mais democrática, justa e humana.
Para que a proposta possa se efetivar, o comprometimento e o envolvimento de todos são essenciais. Assim, Marques (1995, p. 96) diz que “(...) a proposta pedagógica é, eminentemente, proposta ético-político, isto é, articulação da natureza intersubjetiva da formação da vontade coletiva segundo ‘o universalismo do respeito igual em relação a todos e da solidariedade com tudo o que tenha o semblante humano’ e, ao mesmo passo, coordenação e condução da ação coletiva”.
Como vemos, cabe à escola se articular junto aos seus componentes para a construção de uma proposta pedagógica que contemple as necessidades de todos os envolvidos no contexto escolar. É de suma importância que se escute e leve em consideração a voz de todos os que fazem parte da comunidade escolar compondo uma proposta que retrate com seriedade, totalidade e compromisso os planos, desejos e ações da escola.
Nesse sentido, teve-se a preocupação de construir o Projeto Político-Pedagógico da escola, de forma coerente, para que se favoreça o enraizamento sócio cultural da comunidade rural e ao mesmo tempo, seja condizente com as necessidades do mundo atual, a fim de:
• Conhecer e refletir sobre assuntos político-pedagógicos, que envolvam o contexto escolar;
• Coletar, através de ações contínuas, dos diferentes grupos que compõem a comunidade escolar suas expectativas em relação à realidade presente, ao tipo de homem que se tem e aquele que se busca formar, à avaliação existente e a almejada, à metodologia e à prática pedagógica, promovendo assim, a interação entre a teoria e a prática no cotidiano escolar;
• Re-significar a prática pedagógica, buscando alternativas que propiciem o desenvolvimento integral do educando, a partir de práticas contextualizadas e interdisciplinares, o progresso coletivo da comunidade fazendo da escola uma agência formadora e estimuladora de potencialidades.
A construção do Projeto Político-Pedagógico procurou envolver todos os componentes da comunidade escolar (pais, alunos, funcionários, professores e equipe diretiva), através de diversas sistemáticas.
Os estudos começaram a partir do ano letivo de 1998, com leitura dos Planos Curriculares Nacionais (PCNs) e material bibliográfico referente a diversos temas (avaliação, metodologias, dificuldades de aprendizagem, inclusão, etc) durante as reuniões entre os professores das séries iniciais, finais e equipe diretiva. No ano de 1999 foi dado seguimento ao processo através de encontros promovidos pela Secretaria Municipal de Educação (SMED), bem como de discussões e reflexões promovidas durante os encontros da comunidade escolar.
Durante o ano letivo de 2000, estabeleceram-se as diretrizes para o trabalho dos professores através da criação do “Cantinho do Estudo”, um espaço no qual foi colocado todo o material pesquisado ou adquirido que viesse a contribuir para os estudos dessa nova proposta. No mesmo período também foi confirmada a participação dos professores através de questionamentos e produções escritas (ANEXO 01).
Os pais também tiveram participação significativa através dos encontros promovidos pelo projeto “Resgate Histórico da Escola Núcleo” (99/00), para o qual colaboraram com sugestões, exposição de idéias por meio de entrevistas semi-estruturadas (ANEXO 02), diálogo e debates durante reuniões, bem como de um questionário criado pela escola para que os pais respondessem (ANEXO 03).
Com os alunos e funcionários o trabalho inicial foi esclarecer, da mesma forma que foi feita com os pais, o que vinha a ser um Projeto Político-Pedagógico e sua importância. A partir daí, elaborou-se um questionário para os alunos (ANEXO 04) e também para os funcionários (ANEXO 05), no qual foram contempladas suas expectativas em relação à Escola. Foram promovidas, ainda, palestras, reuniões e sessões de estudos, indagando sempre quais seriam as prioridades e as possíveis mudanças da Escola na visão dos alunos e funcionários.
Os professores percorreram uma longa caminhada na busca da construção o referencial teórico. Através do estudo aprofundado da legislação vigente e das diferentes abordagens metodológicas foi possível identificar a linha de trabalho da Escola, levando-se em conta seu objetivo e sua filosofia.
Partimos da realidade que temos (o homem/a escola), o que almejamos e como faremos para alcançá-lo (estratégias e metodologias). As atividades propostas foram diversas e culminaram sempre com discussões e uma produção escrita coletiva.
Foi organizado também um cronograma de reuniões, para que os professores de séries finais trabalhassem individualmente (de acordo com a disciplina de cada um) com os professores das séries iniciais. Desta forma, os professores sistematizaram conceitos, competências e habilidades a serem desenvolvidas em cada área do conhecimento, tendo sempre uma perfeita sintonia com a estruturação do programa e dos conteúdos.
Houve grande preocupação em deixar claro quem são os alunos que fazem parte do contexto escolar, suas reais necessidades e seus anseios, e o que a escola pode proporcionar-lhes através de situações que desenvolvam e aprimorem suas habilidades, contribuindo para a melhoria de sua qualidade de vida.
Desde então, o estudo para professores passou a ser inevitável, assim como as discussões e reflexões constantes, para construirmos juntos os conceitos de como entendemos alguns termos que fazem parte do contexto educativo, tais como:
Currículo: É o programa geral da escola que engloba todo o conjunto de experiências, oportunidades e atividades envolvendo a vida escolar. É ainda, a bagagem de conhecimentos e saberes que adquirimos durante nossa caminhada, tudo que envolve e norteia o espaço da comunidade escolar.
Conhecimento: Tudo o que produz cultura e aprendizagens proporcionando mudanças de comportamento. É a construção através da contribuição de todos os envolvidos no processo educativo. A assimilação, o domínio e a reformulação de novas informações, conceitos e paradigmas.
Aprendizagem: São os saberes que acumulamos ao longo da existência e que estão em constante reconstrução. Um processo contínuo, crescente e integral nunca concluído, pois somos eternos aprendizes.
Alfabetização: É um processo, caminho e etapa de construção do conhecimento que leva à aprendizagem e vai sendo reconstruído em diferentes graus. O ser humano se alfabetiza sempre e necessita de um ambiente propício para que possa desenvolver sua maturidade de escrita e leitura.
Lúdico: É um método, caminho e processo que utiliza a criatividade, recreação e brincadeira que resulta em aprendizagem e conhecimento. É embasado nas atividades práticas, em materiais concretos e jogos, de forma alegre, dinâmica e agradável de aprender.
Criança: É um ser social que está em formação, com saberes, anseios, necessidades e vontade própria. Necessita de um ambiente propício para desenvolver e aprimorar sua afetividade, criatividade, ludicidade e conhecimentos a fim de que possa trabalhar suas potencialidades integralmente.
Inclusão: Processo educacional que visa integrar, inserir, incluir o portador de alguma necessidade educacional especial na sala de aula dos ditos “normais”, dando suporte para este intercâmbio. É fazer com que todos participem do processo, sem discriminação, integrando os que possuem facilidade de aprendizagem e os que não a possuem num mesmo ambiente.
Erro: Momento de aprendizagem. É o repensar para novas propostas, pistas para que o professor verifique a aprendizagem, construa novo significado e estabeleça novos propósitos para a promoção do crescimento individual e coletivo, bem como, o entendimento de outros conhecimentos.
Avaliação: Um processo de acompanhamento, diagnóstico e análise do progresso do aluno. É contínuo, flexível, coletivo e visa contribuir na superação de dificuldades, além de re-analisar, refazer e questionar a própria prática pedagógica do professor.
Professor: É o mediador de todo o processo de ensino-aprendizagem, o organizador de situações, orientador e agilizador, precisando trabalhar os aspectos cognitivos, afetivos e sociais do aluno, a fim de promovê-lo integralmente.
Já no ano de 2006, houve a necessidade de reavaliar todo o trabalho feito e readaptá-lo à realidade vivida atualmente. Como vivemos numa sociedade que está em constante transformação, existe a necessidade de se fazer uma constante análise a fim efetuar-se, sempre que necessário, a reciclagem dos conceitos e metodologias, enfim, dos alicerces que nos sustentam na construção da educação de qualidade.


2-CONTEXTO SÓCIO-HISTÓRICO DA ESCOLA

A Escola Municipal de Ensino Fundamental Bernardino Fernandes foi criada pelo Decreto executivo 21/74 e foi também a sede do Projeto de Experiência Pedagógica de Nuclearização das Escolas Rurais, englobando quatro (04) escolas conforme oficializado no Parecer 216/92.
O projeto pedagógico “Nuclearização das Escolas Rurais” deu início, em 1992, a uma nova etapa para a Escola Municipal de I grau incompleto Bernardino Fernandes, que passou a ser a sede da Escola Núcleo.
Neste estabelecimento, foram agrupadas outras quatro escolas unidocentes, quais sejam: E.M. de I grau incompleto Thomas Fernandes da Silveira, E.M. de I grau incompleto Odorico Xavier, E.M. de I grau incompleto Antônio Pedro Lima e E.M. de I grau incompleto Serafim Antônio da Rocha. Estas unidades escolares pertenciam, respectivamente, às localidades de Água Boa I e II, Tronqueiras e São Geraldo, sendo que, esta última tinha ainda uma escola como extensão na comunidade de Picada do Arenal.
Diante disto, a Escola Núcleo, instituição escolar com características peculiares de organização e funcionamento, foi implantada na zona rural de Santa Maria em 1990, a partir de um projeto-piloto coordenado pela professora Irene Fernandes dos Santos, Supervisora do Ensino Rural na Secretaria de Município da Educação de Santa Maria na época.
Perfaz já dezesseis anos de funcionamento do projeto da “Escola Núcleo”, sendo possível afirmar-se as vantagens que esta modalidade de ensino vem oferecendo aos educandos do meio rural. Os alunos, além de receber atendimento desde o 1º até o 9º Ano (denominação vigente a partir do ano de 2006 substituindo a seriação) do Ensino Fundamental, participam também dos projetos Horta e Inglês (implantado no ano de 2003), sendo o último nos Anos Iniciais, que estimulam a valorização e a atualização do homem e das atividades do campo, bem como, oportunizam um saber que parte do senso comum com vistas ao conhecimento científico, a fim de formar um cidadão participativo, crítico e consciente de seus direitos e deveres, frente ao mundo em que vivemos.
Como princípios da Escola núcleo, enfatizamos a contextualização, a criatividade e a valorização dos recursos do meio e, através deles, procura-se implantar um currículo que contemple tais especificidades.


3-NOSSA REALIDADE ESCOLAR

A Escola Municipal de Ensino Fundamental Bernardino Fernandes localiza-se em Pains, 3º Distrito de Santa Maria, tendo atualmente 144 alunos (74 nos Anos Iniciais e 71 nos Anos Finais), que provém das comunidades vizinhas de: São Geraldo, Picada do Arenal, Água Boa I, Água Boa II, Lagoão do Ouro, São Sebastião, Pains e, a partir de 2006, também do Passo da capivara.
A escola tem como objetivo proporcionar ao aluno diversidade de oportunidades, experiências e conhecimentos para que ele se desenvolva integralmente através de uma ação pedagógica consciente e atualizada que deverá tornar a educação útil à vida e ao mesmo tempo agradável, estimulando, assim, a sua permanência e promoção na escola.
Na Escola Bernardino Fernandes trabalha-se embasado numa filosofia que busca oportunizar uma educação democrática, visando o desenvolvimento do potencial individual e coletivo com vistas à formação de um cidadão autônomo e comprometido com seu meio histórico-social.
A clientela da escola é oriunda de famílias compostas de 4 a 5 pessoas, de origem basicamente brasileira e de descendentes de imigrantes italianos, na maioria professando a religião católica e sendo a agricultura, a pecuária e a produção leiteira as atividades econômicas predominantes.
Muitos são pequenos proprietários, mas um número significativo é de famílias de chacareiros sem residência fixa, o que ocasiona constante entrada e saída de alunos da escola durante o ano letivo.
A escola, atualmente, funciona em turno integral (manhã e tarde) das 8h às 17h com dias alternados para os alunos: Segundas, Quartas e Sextas-feiras do 6º ao 9º ano e Terças, Quintas e Sextas-feiras do 1º ao 5º ano, sendo que nos dois primeiros em horário integral (8h às 17h) e no último pela manhã (8h às 12h).
São fornecidas três refeições diárias: lanche da manhã, almoço e lanche da tarde, preparadas na escola e subsidiadas pela Prefeitura Municipal, por algumas colaborações espontâneas da comunidade e, ainda, incluindo itens produzidos na horta escolar.
Os alunos, na grande maioria, moram distantes da escola e ocupam o transporte escolar terceirizado mantido pela Prefeitura Municipal.

3.1 Com relação à estrutura física:
O prédio da escola é de alvenaria, composto por seis (06) salas de aula, uma (01) sala de artes/laboratório de ciências, uma (01) secretaria, uma (01) sala de professores, uma (01) cozinha, um (01) refeitório, três (03) banheiros e uma ampla área coberta em frente à escola. Salienta-se que foram construídas com promoções realizadas pela comunidade escolar e com a verba do Fundo Nacional de Educação (FNDE) as seguintes dependências: o refeitório, a cozinha, a sala de artes/laboratório de ciências, a sala do 1º ano (com banheiro) e a área coberta. A escola dispõe ainda de uma (01) pracinha de brinquedos de ferro, uma (01) parte doada pela Prefeitura municipal e a outra parte comprada com dinheiro da escola; uma (01) horta cercada por tela; um (01) galpão de ferramentas; uma (01) quadra de areia; e uma (01) quadra poli esportiva de concreto pintada.
No ano letivo de 2000 iniciou-se o plantio de árvores frutíferas e nativas para sombra e jardinagem no pátio da escola.
Quanto aos recursos materiais, a escola possui quatro (04) computadores com uma (01) impressora e uma (01) multifuncional, um (01) retro-projetor, dois (02) freezers, armários, um (01) liquidificador, uma (01) batedeira, um (01) forno elétrico, um (01) forno microondas, cortinas, utensílios domésticos, um (01) bebedouro de inox, duas (02) geladeiras, um (01) fogão industrial, onze (11) ventiladores, três (03) aparelhos de televisão a cores, uma (01) antena parabólica, um (01) videocassete, dois (02) aparelhos de DVD, três (03) aparelhos de som com CD, adquiridos através de promoções realizadas pela escola e a partir do ano de 2005 com a verba do Programa de Desenvolvimento da Autonomia Escolar (PRODAE). Entre as principais prioridades para a escola, enfatizamos a manutenção do prédio, a compra de materiais para Educação Física e materiais didáticos básicos, que são solucionadas pela arrecadação de dinheiro através do bar da escola e de rifas beneficentes.

3.2 Com relação à estrutura pedagógica:
Na escola, a parte pedagógica está assim estruturada: a divisão do Ano Letivo é feita por trimestres. Até o ano de 2005 o regime era seriado, mas, a partir do ano de 2006, as séries passaram a denominarem-se anos. Portanto, atualmente, a escola possui turmas do 1º (primeiro) ao 9º (nono) Ano. A avaliação, a partir do ano letivo de 2001, passou a ser com pareceres descritivos e notas para os Anos Finais, sendo que os pesos dos trimestres passaram, a partir de 2007, a ter a seguinte divisão: no 1º (primeiro) trimestre, o valor total das avaliações do mesmo será 30 (trinta); no 2º (segundo) trimestre, o valor total das avaliações do mesmo será 30 (trinta); e no 3º (terceiro) trimestre, o valor total das avaliações do mesmo será 40 (quarenta), somando assim, o valor anual total/final de 100 (cem). O aluno que não alcançar o valor mínimo de 50 (cinqüenta) nas avaliações anuais ficará em Estudos Adicionais, compreendendo uma semana de provas acerca dos conteúdos do ano todo ao final dos 200 (duzentos) dias letivos, necessitando obter uma nota igual ou superior ao valor 50 (cinqüenta) para conseguir aprovação. Durante o final de cada trimestre, será oferecida aos alunos, a Recuperação Paralela (desenvolvida concomitante às demais atividades, durante os períodos de aula, pelos professores, com propostas de ensino diversificadas para atender às individualidades dos alunos, além de atividades extras), que terá por fim amenizar e/ou sanar as dificuldades de conteúdos dos estudantes.
Nos Anos Iniciais se adotou apenas o parecer descritivo nos três trimestres, por julgá-lo completo. A recuperação paralela será realizada da mesma forma que são feitos nos anos finais.
Salienta-se que a avaliação da escola é um processo diário, contínuo e integral. Ela fundamenta-se na justiça e leva em consideração as condições sociais, motoras e cognitivas para valorizar os aspectos qualitativos do aluno, a fim de desenvolvê-lo integralmente e oportunizar seu crescimento.
Através da implantação deste processo avaliativo, obteve-se a constatação de que as maiores dificuldades de aprendizagem dos alunos da escola encontram-se principalmente na leitura e interpretação, bem como na escrita, nas atividades de raciocínio lógico e de formulações práticas. Dificuldades estas, que podem ser ocasionadas pela falta de instrumentos que disponibilizam o acesso a conhecimentos em casa e pela falta de motivação e/ou interesse da família em relação ao estudo dos filhos, obstáculo este que impede o desenvolvimento da aprendizagem de forma mais completa.
Neste sentido, a escola procura adotar um currículo diferenciado, com atividades, conteúdos e metodologias que amenizem as dificuldades lingüísticas dos alunos e, além disso, trabalhar de forma integrada em todo o Ensino Fundamental, a fim de oportunizar uma proposta curricular interdisciplinar e trabalhar as dificuldades em todas as etapas e o aluno em sua totalidade.
Por esta razão, iniciou-se, no ano letivo de 2000, um trabalho mais aprofundado acerca dos conteúdos, habilidades e prioridades de cada etapa do Ensino Fundamental onde, após muito estudo, o professor de cada disciplina estabeleceu com todos os professores dos Anos Iniciais os Parâmetros Curriculares de cada etapa do Ensino Fundamental e, sobretudo, as competências necessárias ao aluno para que este esteja apto a freqüentar o nível seguinte (constam nos Planos de Estudos).


4- A BUSCA DA ESCOLA ALMEJADA

Formar é muito mais do que puramente treinar o educando no desempenho de destrezas.
(FREIRE, 2001 p.15)

A escola, principalmente a da zona rural, é uma das únicas fontes de cultura e integração da comunidade e possui papel fundamental para que as transformações sociais ocorram, modificando positivamente o aluno, resgatando seus conhecimentos e vivências, moldando-as e as adequando à promoção do meio.
A partir desta constatação, entende-se que, através da educação proposta pela escola, deva-se primar pela formação de um homem responsável e atuante, com visões maiores de mundo, argumentação própria e a habilidade de construir seus próprios conhecimentos, a fim de contribuir para o desenvolvimento de uma sociedade democrática, onde todos tenham a oportunidade de manifestar suas idéias respeitando as de seus semelhantes.
Busca-se, dessa forma, uma escola motivadora, com recursos, métodos, técnicas e materiais modernos e estimulantes que atendam aos interesses coletivos, promovendo o desenvolvimento de indivíduos mais humanos, criativos, críticos e versáteis; estimulados por educadores atualizados, comprometidos e unidos por um mesmo objetivo: a formação integral do aluno.
Para que a educação alcance resultados positivos, necessita-se de um currículo planejado dentro das necessidades locais, que integre conteúdos e projetos de modo a possibilitar a construção do conhecimento, relacionando conteúdos curriculares com as relações sociais e resgatando os valores morais. É necessário fazer do currículo um “espaço” comunicativo, prazeroso e investigativo, que promova a passagem do senso comum para o conhecimento científico de forma relacionada, integrada e interessante para o aluno.
Indiscutivelmente, pode-se notar que a sociedade contemporânea passa por grandes transformações, exigindo da escola novas funções, novos papéis. Destacamos, nesse sentido, que de acordo com Certeau (1997, p.339)

(...) o papel da escola, que antes era fornecer informações basicamente, passa a ser selecionar as informações relevantes para o momento atual da vida do aluno. Hoje a informação tem de ser significativa, isto é, tem de bater na nossa experiência de vida. Nesse contexto, muda o papel da escola e do professor. A tarefa da escola, hoje já não é de repassar conteúdos, pois há superabundância de informações veiculadas pelos meios eletrônicos. Em si mesma, a cultura não é a informação, mas sim seu tratamento através de uma série de operações em função de objetivos e de relações sociais.

É importante mencionar que a família é a primeira instância na qual a educação acontece, sendo a responsável pela formação de hábitos, valores, interesses e atitudes do educando. Por isso, salienta-se a necessidade de integração entre escola-família, a fim de que se faça um trabalho conjunto onde a linguagem de ambas seja a mesma.
Sendo assim, a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) 9394/96, enfatiza a necessidade do trabalho articulado entre a família e a escola através dos seguintes artigos:

Art. 12 – Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de:
I – Elaborar e executar a sua proposta pedagógica;
II – Administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros;
(...)
VI – Articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da sociedade com a escola;
VII – Informar os pais e responsáveis sobre a freqüência e o rendimento dos alunos, bem como sobre a execução de sua proposta pedagógica.
Art. 13 – Os docentes incumbir-se-ão de:
(...)
VI – Colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade.

Para o grupo de professores da Escola Bernardino Fernandes, a família tem um papel muito importante na aprendizagem do aluno. Entre suas funções estão:
• Apoiar a escola;
• Acompanhar as atividades propostas e o desenvolvimento dos filhos;
• Oferecer bons exemplos e proporcionar um convívio harmonioso;
• Incentivar os estudos e a participação na vida escolar; e
• Dar apoio, segurança, orientação e atender as necessidades básicas.
Assim, para alcançar os objetivos a que se propõe, a escola realiza atividades direcionadas à comunidade, buscando aproximá-la da escola e envolvendo-a no planejamento e no ambiente escolar. Efetivando-se, dessa forma, o comprometimento dos pais com a educação de seus filhos.
Isto aconteceu, principalmente, através do projeto “Resgatando o Passado Histórico da Escola Núcleo”, no qual foram realizadas visitas às comunidades integrantes da escola. Nestas visitas, os alunos realizaram apresentações artísticas, contou-se com a participação de palestrantes abordando temas do interesse específico de cada comunidade (gado leiteiro, inseminação artificial, tradicionalismo, lixo agrotóxico, plantas medicinais, leptospirose, etc) e encerrou-se com fraternizações.
Busca-se proporcionar o conhecimento de maneira diversificada como, por exemplo, através de viagens de estudos, manuseio do computador, reprodução de filmes, apresentação de peças de teatro e atividades musicais e corporais.


5- PROCESSO DE GESTÃO

Nas eleições para Direção e Associação Círculo de Pais Mestres (ACPM), a escola adota o sistema de votação direta, onde pais, alunos do 6º (sexto) ao 9º (nono) ano, professores lotados na escola e funcionários elegem seus representantes.
A atual direção, eleita em outubro de 2002 por um período de 3 (três) anos, se comprometeu a assumir as seguintes propostas:

5.1 Aspectos Físicos
* Providenciar a pintura interna e externa do prédio escolar; a pintura dos bancos e mesas do refeitório; a reforma e pintura de armários, bem como a aquisição de outros;
* Adquirir cortinas e suportes;
* Concluir obras de reboco; de colocação de pisos e azulejos na cozinha, na sala do 1º (primeiro) ano e na sala da direção; e de reformas em geral no prédio e pátio da escola;
* Adquirir um computador com impressora para serviços da secretaria, uso dos professores e de alunos;
* Concluir a área coberta na fachada da escola;
* Construir uma quadra de esportes; e
* Conservar o que já havia sido adquirido pelas administrações anteriores.

5.2 Aspectos Pedagógicos
* Promover a integração entre os currículos; e
* Desenvolver o trabalho em equipe entre a comunidade escolar, buscando a participação e a integração de todos, considerando as opiniões de pais, alunos, professores e funcionários, membros da comunidade.



6- ORGANIZAÇÃO DE PESSOAL

O Conselho Administrativo Pedagógico (CAP) é o órgão consultivo e normativo da escola em assuntos que dizem respeito à administração e ao ensino. Ele serve de apoio à direção na tomada de decisões de nível administrativo e/ou pedagógico, sendo formado pelos seguintes componentes: Direção (membro nato) e cinco professores lotados na escola e escolhidos por votação. Sua vigência é de 3 (três) anos e deve ser formado após a posse da Direção.
Quanto ao funcionamento interno, a direção e vice-direção são eleitas e a supervisão pedagógica é indicada pela direção.
Atualmente, o quadro de professores e funcionários está assim composto:
• A Diretora com curso superior em Pedagogia e especialização em Gestão Educacional;
• A Vice-Diretora com curso superior em Letras-Português e mestrado em Literatura;
• As Professoras dos Anos Iniciais com curso superior e especialização;
• Os Professores dos Anos Finais com curso superior e especialização;
• A Supervisora dos Anos Finais com curso superior e mestrado;
• A Supervisora dos Anos Iniciais com curso superior e especialização; e
• Duas funcionárias conveniadas da SULCLEAN com o ensino fundamental incompleto.
Salienta-se que as decisões da escola são tomadas em conjunto, com muito diálogo através de reuniões coletivas, onde se levam em consideração as opiniões e necessidades da maioria, visando sempre à integração, colaboração e bem-estar de toda a equipe.


7- CONTROLE NORMATIVO E BUROCRÁTICO

Grande parte da comunidade escolar desse estabelecimento de ensino é formada por filhos de chacareiros, que são, conseqüentemente, uma população flutuante, ocasionando alterações no número de alunos no decorrer do ano letivo.
Em relação ao problema da evasão escolar, é importante salientar que, nos últimos anos, são praticamente inexistentes os casos.
Também é importante mencionar que vários já foram os casos de alunos (dos anos iniciais e finais) que ficaram com resultado final em aberto para a etapa seguinte, ou foram promovidos para a etapa posterior no decorrer do ano letivo, à medida que demonstraram crescimento significativo, pois, conforme Hoffmann (1991, p.18), acreditamos que a avaliação deve ser “(...) a reflexão transformada em ação. Ação, essa, que nos impulsiona a novas reflexões. Reflexão permanente do educador sobre sua realidade, e acompanhamento, passo a passo, do educando, na sua trajetória de construção do conhecimento”.
Dentre as turmas que apresentam maiores dificuldades de aprendizagem, constata-se que no 6º (sexto) ano são evidentes os problemas de escrita, leitura, síntese, raciocínio e interpretação, sendo necessário, portanto, um trabalho ainda mais diversificado que busque minimizar tais dificuldades.


8- PROJETOS DA ESCOLA

A Escola Bernardino Fernandes diferencia-se das demais por apresentar uma modalidade própria de ensino, na qual os projetos (referentes à parte diversificada) são importantes para o enriquecimento do currículo e, através deles, procura-se implantar melhorias no meio, valorizando os recursos existentes e priorizando as necessidades do mesmo.
Nos Anos Iniciais destaca-se o projeto de Inglês (ANEXO 07) que é oferecido do 1º (primeiro) ao 5º (quinto) ano, proporcionando às professoras das referidas turmas o horário de planejamento individual. O projeto está sob a responsabilidade da professora de Inglês da escola, professora Angélica Iensen.
Nos Anos Finais é desenvolvido o projeto Horta, coordenado pelo professor de Educação Física da escola, professor Sérgio Ávila.
9- O CURRÍCULO ESCOLAR

Primeiramente, o currículo é definido como tudo aquilo que envolve, forma e norteia a vida escolar, sendo sempre resultante de três elementos: aquilo que se deseja, aquilo que de fato se consegue alcançar e aquilo que poucos na verdade se dá conta (elementos culturais e ideológicos). É um projeto cultural necessariamente dinâmico e mutável.
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) o currículo é definido como flexível, organizado e de ampla autonomia: “(o)s currículos de Ensino Fundamental e Médio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada em cada Sistema de Ensino e Estabelecimento Escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela”.
A base nacional comum refere-se ao conjunto de conteúdos mínimos das áreas de conhecimentos, articulados aos aspectos da vida cidadã de acordo com o art. 26º, sendo de dimensão obrigatória nos currículos nacionais.
Os incisos IV e VI do artigo 3º da resolução CEB nº 2198, tratam a respeito da “base nacional comum” e da “parte diversificada”.
O inciso IV determina que a base nacional comum e sua parte diversificada deverão integrar-se em torno do que vise a estabelecer a relação entre a educação fundamental e:
a) A vida cidadã através da articulação entre vários de seus aspectos com eles: a saúde, a sexualidade, a vida familiar e social, o meio ambiente, o trabalho, a ciência e a tecnologia, a cultura, as linguagens.
b) As áreas do conhecimento: língua portuguesa, língua materna para as populações indígenas e imigrantes, matemática, ciências, geografia, história, língua estrangeira, educação artística, educação física e educação religiosa.
À parte diversificada constitui uma ampla faixa do currículo em que a escola pode exercitar toda a sua criatividade no sentido de atender às reais necessidades de seus alunos, considerando as características culturais e econômicas da comunidade em que atua, construindo-a essencialmente mediante o desenvolvimento de projetos e atividades de interesse.
Quanto à administração do tempo, a LDB fixa em 800 (oitocentas) horas letivas anuais a carga horária mínima a ser cumprida pelas escolas, determinando ainda, que esta carga horária seja distribuída ao longo do ano também no mínimo em 200 (duzentos) dias letivos.
A resolução nº 3/98 do Conselho Nacional de Educação prescreve que, no mínimo 75% (setenta e cinco por cento) dessa carga horária sejam destinadas ao desenvolvimento da base nacional comum, ou seja, a escola deverá destinar a esta, no mínimo, 600 (seiscentas) horas/aula anuais.
A escola Bernardino Fernandes, por ter uma modalidade diferenciada de ensino, apresenta uma realidade distinta. Ela perfaz as 800 (oitocentas) horas previstas na legislação em menos dias letivos, ou seja, cada dia de aula corresponde a dois turnos. Por exemplo, o ano letivo de 2005 totalizou 116 dias letivos. Da mesma forma, o núcleo comum e a parte diversificada recebem um tratamento diferente, adaptados a realidade da escola, mas sempre em consonância com a LDB (600 horas/núcleo comum, 200 horas/parte diversificada):

Art. 28. Na oferta de educação básica para a população rural, os sistemas de ensino promoverão as adaptações necessárias às peculiaridades da vida rural e de cada região, especialmente:
I- Conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades e interesses dos alunos da zona rural;
II- Organização escolar própria, incluindo adaptação do calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às condições climáticas.



10- AVALIAÇÃO

A partir do ano letivo de 2001, foram feitas algumas modificações em nível de experiências pedagógicas como: a divisão do calendário escolar anual que passou a ser trimestral e em relação ao sistema de avaliação.
A avaliação, segundo o grupo de professores da escola é entendida como sendo um processo de acompanhamento, diagnóstico e análise do progresso do aluno. É contínuo, flexível, coletivo que visa contribuir na superação de dificuldades, além de re-analisar, refazer e questionar a própria prática pedagógica do professor.
Até o ano letivo de 2000, o sistema de avaliação adotado pela Escola, era expresso sob a forma de pareceres descritivos nos três primeiros bimestres. Já os pareceres descritivos do 4º (quarto) bimestre, vinham acompanhados por uma nota que deveria ser igual ou superior a 50 (cinqüenta), para que o aluno fosse aprovado sem a recuperação terapêutica. Caso esta nota fosse inferior ao valor pré-determinado, na recuperação terapêutica uma nova nota seria somada a esta.
Após analisar, discutir e estudar esse processo avaliativo, o grupo de professores da escola pôde constatar as falhas do mesmo. Surgiu, assim, a necessidade de implantar modificações, visto que:
• A linguagem utilizada nos pareceres não era claramente compreendida pelos pais e alunos;
• Algumas vezes, a nota do último bimestre não era condizente com o discurso utilizado nos pareceres dos demais bimestres do ano;
• A recuperação terapêutica, apenas somatória, permitia que alunos com baixo rendimento durante o ano letivo fossem aprovados com média muito superior a outros, que apresentavam melhor nível de aprendizagem.
Conclui-se então que, a nota dada apenas no 4º (quarto) bimestre permitia interpretações duvidosas a respeito da validade/qualidade do parecer descritivo que era feito durante o ano letivo, porém, a promoção e/ou reprovação do aluno dependia da nota.
Além destas constatações, as solicitações de revisão feitas por pais e alunos foram outro fator motivador de mudanças no processo avaliativo. Motivados pela convivência com estudantes de escolas onde a avaliação era expressa por nota, eles argumentavam que a nota poderia ser um instrumento para despertar a vontade de estudar e o comprometimento dos alunos, por ser mais direta e clara.
Nestas condições, iniciou-se o processo de repensar o ato de avaliar, tendo em vista que este é um processo democrático, abrangente, participativo, contínuo e dialógico, e, após muito estudo, decidiu-se atender aos anseios da maioria da comunidade escolar, em nível de experiência pedagógica (que deverá, ou não, ser regimentado).
O sistema de avaliação para o ano letivo em andamento ficou assim organizado:
* Anos Iniciais – No decorrer dos três trimestres, o resultado da aprendizagem do aluno, seus progressos e dificuldades são expressos em pareceres descritivos, sendo a parte formativa contemplada por critérios a serem assinalados no boletim pelo professor da turma, e a parte que se refere à aprendizagem será descrita pelo mesmo.
* Anos Finais – Em cada trimestre são atribuídos valores diferenciados: 1º (primeiro) trimestre = 30 (trinta); 2º (segundo) trimestre =30 (trinta); 3º (terceiro) trimestre = 40 (quarenta), perfazendo um total final de 100 (cem). Em conformidade com o valor estipulado, a parte formativa do aluno é considerada e expressa da mesma forma que acontece nos Anos Iniciais (ANEXO 08).
A fim de sanar as dificuldades dos alunos, adotou-se a recuperação paralela, que oportuniza, ao final do trimestre, a revisão dos conteúdos trabalhados durante o mesmo, a fim de solucionar as dificuldades encontradas pelos alunos no decorrer deste período.
Ao final do ano letivo, será oferecida àquele aluno que não atingiu o valor total de 50 (cinqüenta) pontos nas avaliações anuais de toas as disciplinas dos Anos Finais a chance de realizar uma nova prova, cumulativa de conteúdos do ano todo, com o valor de 100 (cem) pontos, onde o aluno deverá atingir, no mínimo, 50 (cinqüenta) pontos para ser aprovado para o Ano seguinte.


11- PROPOSTA DA ESCOLA

A busca do tema gerador objetiva explicitar o pensamento do homem sobre a realidade e sua ação sobre ela, o que constitui a sua práxis. Na medida em que os homens participam ativamente da exploração de suas temáticas, sua consciência crítica da realidade se aprofunda (MIZUKAMI, 1986, p.100).

Baseado nas palavras do autor, a cada trimestre, serão realizados trabalhos interdisciplinares, sobre um tema gerador em comum, que culminarão em um dia de integração entre as turmas da escola, quando serão apresentadas as produções desenvolvidas durante este período, proporcionando momentos de avaliação e reflexão a toda comunidade escolar.
Além destes momentos de integração, é necessário que outros também aconteçam para que se chegue ao nível da escola idealizada por todos, neste sentido, espera-se que o trabalho realizado na Escola Bernardino Fernandes possa contar com a participação efetiva de pais e alunos. Para isso, a Escola estará sempre aberta ao diálogo, aceitando todas as opiniões sem discriminação, para que se faça a inclusão de todos os indivíduos e o desenvolvimento integral (conhecimentos úteis, atitudes e habilidades) dos alunos. Ela também servirá como um instrumento de auxílio e orientação para a utilização dos recursos do meio em que vivem, a fim de que se estabeleça a convivência harmônica entre o aluno, o meio e o grupo onde vive.
As estratégias necessárias para alcançar o nível de Educação almejado são:
• Realizar atividades direcionadas à comunidade a fim de envolvê-la no planejamento e ambiente escolar, gerando o comprometimento dos pais com a educação dos filhos;
• Construir espaços culturais abertos à comunidade (biblioteca, palestras, momentos de integração, etc);
• Proporcionar o acesso ao conhecimento por meios diversificados e modernos (computador, estudo de línguas estrangeiras, apresentações teatrais, viagens de estudo, etc);
• Buscar a integração com outros órgãos da sociedade (Secretarias Municipais, SESC, SENAC, Universidade Federal de Santa Maria, EMATER, etc.) proporcionando novos conhecimentos, maior oferta de materiais, interdisciplinaridade e desenvolvimento cultural à comunidade escolar;
• Oferecer aos professores a atualização permanente através da formação continuada, a fim de comprometê-lo na busca da realização da interdisciplinaridade e do trabalho em equipe.
A busca por melhorias motivou algumas modificações na escola, entre elas, é necessário mencionar a adoção do Conselho de Classe Participativo, com a presença de professores e alunos, e as Reuniões Participativas, entre pais, alunos e professores, duas experiências bem sucedidas que terão continuidade na escola.
A nova modalidade de Conselho de Classe realizar-se-á da seguinte forma:
* Primeiramente, realiza-se um Pré-conselho com cada turma de Anos Finais que contará com a participação da Direção, do Professor Conselheiro da Turma e dos alunos. Neste momento, será analisado o andamento do trimestre quanto aos conteúdos, à disciplina dos alunos, às atitudes da turma quanto aos projetos da escola, os resultados obtidos na recuperação paralela e, em seguida, serão feitas sugestões ao grupo;
* Em seguida, será promovido o Conselho Coletivo entre alunos, pais e professores, que, em conjunto, discutirão os dados referentes ao trimestre coletados previamente;
* Por fim, no Pós-conselho, a Direção e os professores analisarão os dados coletados e discutirão o aproveitamento dos alunos, bem como, a disciplina e outros aspectos referentes à sua conduta, resultando na elaboração do parecer descritivo de cada estudante que será anexado ao boletim e entregue aos pais, ou responsáveis pelo aluno.
Por apresentar uma proposta que realmente considerar as peculiaridades e as necessidades da comunidade, optou-se por alterar a estrutura administrativa e pedagógica da Escola. Nesta perspectiva, a Escola funcionará da seguinte maneira:
• Anos Iniciais – 1º(primeiro) ao 5º (quinto) ano do Ensino Fundamental: terão aulas nas terças-feiras e quintas-feiras em período integral (manhã e tarde = 08 horas/aula) e nas sextas-feiras no turno da manhã (04 horas/aula);
• Anos Finais – 6º (sexto) ao 9º (nono) ano do Ensino Fundamental: terão aulas nas segundas-feiras, quartas-feiras e sextas-feiras em período integral (manhã e tarde = 08 horas/aula). Para estas turmas as aulas são oferecidas em módulos, ou seja, aulas de 60 (sessenta) minutos para as disciplinas oferecidas.
Com a implantação dos módulos/aula, em cada dia da semana serão desenvolvidos 08 (oito) módulos, sendo que, para que as reuniões pedagógicas semanais ocorram, serão acrescidos 15 (quinze) minutos a mais nos turnos da manhã para o trabalho professor/aluno.
A parte do Núcleo Comum será composta por 07 (sete) disciplinas: Português, Matemática, Geografia, História, Ciências, Educação Artística e Educação Física; perfazendo aproximadamente um total de 656 horas/aula anuais.
Na parte Diversificada, serão oferecidas as disciplinas de Ensino religioso, Língua Inglesa e Iniciação à Agricultura, que serão desenvolvidas durante os dias e turnos normais de aula, perfazendo aproximadamente um total de 164 horas/aula no ano.
Sabe-se que, para chegarmos à escola que queremos, os desafios são muitos. É preciso, porém, seguir em frente, estudando e experimentando novas formas de apresentar as informações necessárias à construção do conhecimento, e de desenvolver as habilidades e competências dos alunos.
“Ensinar exige convicção que a mudança é possível” diz FREIRE (2001, p. 85), por isso, na Escola Bernardino Fernandes, é constante o processo de reconstrução e readaptação através da análise dos resultados positivos e negativos, para que o Projeto Político-Pedagógico (PPP), o Regimento e os Planos de Estudos estejam em consonância com os anseios e necessidades de toda a comunidade escolar.
“Que Deus nos dê forças para mudar as coisas que podem ser mudadas; serenidade para aceitar as coisas que não podem mudar; e sabedoria para perceber a diferença. Mas Deus nos dê, sobretudo, coragem para não desistir daquilo que pensamos estar certo...” (Chester W. Nimitz).
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ANEXOS










ANEXO 01

PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA MARIA
SECRETARIA DE MUNICÍPIO DE EDUCAÇÃO
E.M.E.F. BERNARDINO FERNANDES
ESCOLA NÚCLEO

INSTRUMENTO PARA PROFESSORES

Prezados colegas:

Estamos construindo o Projeto Político-Pedagógico de nossa escola. A nova legislação oportuniza a autonomia das escolas. Através do Projeto Político-Pedagógico queremos garantir a construção da identidade da escola que desejamos.
Vamos participar desta construção, expressando nosso posicionamento quanto aos enfoques abordados nas reflexões a seguir e, nos sentiremos comprometidos com a efetividade desta proposta.
A ESCOLA SOMOS NÓS!!!
1. A escola que temos:
2. Como queremos o currículo:
3. Estratégias para chegar a escola desejada:
4. Conceituar: currículo, conhecimento, aprendizagem, alfabetização, lúdico, criança, inclusão, erro, avaliação, professor.








ANEXO 02

PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA MARIA
SECRETARIA DE MUNICÍPIO DE EDUCAÇÃO
E.M.E.F. BERNARDINO FERNANDES
ESCOLA NÚCLEO

INSTRUMENTO PARA PAIS

Prezados pais:

Estamos construindo o Projeto Político-Pedagógico de nossa escola. A nova legislação oportuniza a autonomia das escolas. Através do Projeto Político-Pedagógico queremos garantir a construção da identidade da escola que desejamos.
Vamos participar desta construção, dialogando, expressando nosso posicionamento nas questões a seguir e nos sentiremos comprometidos com a efetividade desta proposta.
A ESCOLA SOMOS NÓS!!!
1. O que a escola representa para você, para sua família? Por que o filho vai para a escola?
2. A escola está correspondendo às suas expectativas?
3. Como você pode contribuir na escola:
( ) participando das reuniões
( ) dando opiniões
( ) participando do planejamento de atividades
( ) participando dos conselhos de classe
( ) avaliações
( ) atuantes no COM
( )atuantes no clube de mães (oficinas)
( ) sugerir atividades específicas para o homem do campo
4. Qual a profissão que a família almeja para os filhos? Por quê?




ANEXO 03

PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA MARIA
SECRETARIA DE MUNICÍPIO DE EDUCAÇÃO
E.M.E.F. BERNARDINO FERNANDES
ESCOLA NÚCLEO

INSTRUMENTO PARA PAIS

Pais! Contamos com sua colaboração para o crescimento de nossa escola, respondendo ao questionário:
1. Como você vê a nossa escola hoje?
2. Que tipo de escola você gostaria para seu filho?
3. Você está contente com a escola do seu filho? Por quê?
4. O que você acha do funcionamento da escola quanto aos horários e dias?
5. Na sua opinião, o que a escola poderia fazer para melhorar a disciplina dos alunos?
6. Que tipo de conteúdos você gostaria que fossem mais trabalhados pelos professores em cada série?
7. Segundo a sua opinião, o que não está tendo um bom aproveitamento na escola?
8. Você costuma acompanhar e auxiliar os estudos de seus filhos em casa?
9. Qual a maior dificuldade encontrada por sua família para manter o filho na escola?
10. Quais seriam, na sua opinião, os principais projetos a serem desenvolvidos na Escola núcleo?
11. O que você pode fazer para melhorar os recursos da escola, como alimentação e material escolar?











ANEXO 04

PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA MARIA
SECRETARIA DE MUNICÍPIO DE EDUCAÇÃO
E.M.E.F. BERNARDINO FERNANDES
ESCOLA NÚCLEO

INSTRUMENTO PARA ALUNOS

Queridos alunos:

Estamos construindo o Projeto Político-Pedagógico de nossa escola. A nova legislação oportuniza a autonomia das escolas. Através do Projeto Político-Pedagógico queremos garantir a construção da identidade da escola que desejamos.
Vamos participar desta construção, respondendo aos questionamentos a seguir, expressando nosso posicionamento e, nos sentiremos comprometidos com a efetividade desta proposta.
A ESCOLA SOMOS NÓS!!!
1. O que significa a escola para você?
2. Como você gostaria que fosse sua escola?
3. O que você faz para que se concretize a escola desejada?










ANEXO 05

PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA MARIA
SECRETARIA DE MUNICÍPIO DE EDUCAÇÃO
E.M.E.F. BERNARDINO FERNANDES
ESCOLA NÚCLEO

INSTRUMENTO PARA FUNCIONÁRIAS

Queridas colaboradoras:

Estamos construindo o Projeto Político-Pedagógico de nossa escola. A nova legislação oportuniza a autonomia das escolas. Através do Projeto Político-Pedagógico queremos garantir a construção da identidade da escola que desejamos.
Vamos participar desta construção, respondendo aos questionamentos a seguir, expressando nosso posicionamento e, nos sentiremos comprometidos com a efetividade desta proposta.
A ESCOLA SOMOS NÓS!!!
1. Como você vê a escola (aspectos físicos, de aprendizagem, atuação da direção, professores, alunos...)?
2. A comunidade atua na escola? Como?
3. O seu trabalho está contribuindo para a escola? De que forma?
4. Que atitudes você usa para melhorar o ambiente escolar?







ANEXO 06
RECOMENDAÇÕES I II III
1-Parabéns pelo seu desempenho
2-Diminua as conversas extras
3-Continue progredindo em: Atitudes
Conteúdos
4-Seja mais responsável na execução e entrega das tarefas escolares: Feitas em aula
Feitas em casa
5-Seja assíduo e pontual às aulas
6-Cuide mais da conservação: Da sua escola
Do seu material
7-Tenha atitudes de respeito e cortesia com: Direção
Professores
Funcionários
Colegas
8-Coopere em aula com mais: Atenção
Interesse
Participação
9-Tenha um comportamento adequado: Na fila
No recreio
No transporte
No refeitório
10-Faça mais atividades de leitura e escrita

REGISTRO DO RENDIMENTO DO ALUNO

Trimestres I II III
Presenças
Faltas
Total
Resultado Final

PARECER DESCRITIVO DURANTE O TRIMESTRE
_______________________________________________________
I Trimestre

ANEXO 07
RECOMENDAÇÕES I II III
1-Parabéns pelo seu desempenho
2-Diminua as conversas extras
3-Continue progredindo em: Atitudes
Conteúdos
4-Seja mais responsável na execução e entrega das tarefas escolares: Feitas em aula
Feitas em casa
5-Seja assíduo e pontual às aulas
6-Cuide mais da conservação: Da sua escola
Do seu material
7-Tenha atitudes de respeito e cortesia com: Direção
Professores
Funcionários
Colegas
8-Coopere em aula com mais: Atenção
Interesse
Participação
9-Tenha um comportamento adequado: Na fila
No recreio
No transporte
No refeitório
10-Faça mais atividades de leitura e escrita

VALOR DAS NOTAS DOS TRIMESTRES
I Tri – 30
II Tri – 30
III Tri – 40
Valor Anual – 100
REGISTRO DO RENDIMENTO DO ALUNO

DISCIPLINAS I II III NOTA FINAL
PORTUGUÊS
MATEMÁTICA
CIÊNCIAS
GEOGRAFIA
HISTÓRIA
ENSINO RELIGIOSO
EDUCAÇÃO ARTÍSTICA
EDUCAÇÃO FÍSICA
INGLÊS
RESULTADO FINAL



PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA MARIA
SECRETARIA DE MUNICÍPIO DA EDUCAÇÃO
E.M.E.F. BERNARDINO FERNANDES
Projeto de Inglês para Anos Iniciais por Angélica Medianeira Iensen

TEMA

Ensino-aprendizagem de Língua Inglesa de alunos dos Anos Iniciais, 1º a 5º Anos, do Ensino Fundamental.

DELIMITAÇÃO DO TEMA

O tema deste projeto é o relato da organização e funcionamento das aulas de Língua Inglesa para alunos dos Anos Iniciais, 1º a 5º Anos, do Ensino Fundamental da E.M.E.F. Bernardino Fernandes, escola núcleo da rede pública de ensino da cidade de Santa Maria, estado do Rio Grande do Sul. As aulas de Inglês proporcionam às professoras dos Anos Iniciais a efetivação da hora do planejamento individual. Ele surgiu a partir da constatação da influência da Língua Inglesa no dia-a-dia dos pequenos e da existência de grande dificuldade dos alunos dos Anos Finais nesta disciplina.


PROBLEMA

Os alunos dos Anos finais apresentavam grande dificuldade durante as aulas de Língua Inglesa, bem como uma certa insegurança quanto à língua estrangeira. Após muitas leituras, identificou-se a causa dessas dificuldades: o processo de aprendizagem estava sendo realizado na ordem inversa, onde a parte mais difícil era o primeiro item a ser trabalhado, o writing. A fim de mudar esta realidade, foi elaborado este projeto baseado nas teorias da aquisição da linguagem e metodologias do ensino de línguas estrangeiras.


HIPÓTESES
• Os alunos dos Anos Finais do Ensino Fundamental apresentam dificuldades na aprendizagem do Inglês porque iniciaram o processo de maneira equivocada, com ênfase nas habilidades erradas;
• A oferta do Inglês para os alunos dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, respeitando a seqüência correta da aquisição da linguagem, irá diminuir a estranheza e a insegurança que os alunos demonstram com a língua;
• A oferta do Inglês para os alunos dos Anos Iniciais irá proporcionar um bom vocabulário-base para os alunos utilizarem nos Anos Finais.

OBJETIVOS

Objetivo Geral
Proporcionar o contato, desde cedo, de crianças dos Anos Iniciais com a Língua Inglesa, a fim de que eles adquiram um bom vocabulário e realizem o processo de aprendizagem da língua estrangeira de maneira apropriada, obedecendo à seqüência correta (listening, speaking, reading e wrtiting) para que, mais adiante, nos Anos Finais não tenham dificuldades com a disciplina. Além disso, esses conhecimentos poderão ser utilizados em benefício próprio, para identificar produtos nocivos, comandos de jogos e, até mesmo, máquinas agrícolas, auxiliando os pais no meio rural.

Objetivos Específicos
* Despertar o interesse do aluno para o conhecimento de uma nova língua priorizando o universo lúdico da criança;
* Respeitar o desenvolvimento natural do processo gradativo da aprendizagem;
* Colocar o aluno em contato com a língua inglesa criando oportunidades para a socialização através de atividades motivadoras, diversificadas, contextualizadas e significativas;
* Proporcionar ao aluno uma percepção de mundo diferenciada, partindo da realidade que o cerca;
* Mostrar uma atitude positiva com relação ao Inglês;
* Concentrar o trabalho dos três primeiros anos em listening e speaking, ou seja, habilidades orais, para não atrapalhar o processo de alfabetização das crianças;
* Introduzir, gradativamente, reading a partir do quarto ano;
* Exercitar as quatro habilidades no quinto ano: listening, speaking, reading e writing;
*Praticar e reciclar continuamente o vocabulário em diferentes situações;
*Privilegiar atividades de recorte, colagem, pintura e desenho;
*Proporcionar aulas com movimento, através de jogos, brincadeiras, mímicas, sempre enfatizando o lúdico;
* Utilizar o Inglês o máximo possível, sem evitar a língua materna, sempre que necessário; e
* Encorajar a sociabilidade.

JUSTIFICATIVA

O presente projeto justifica-se pela presença constante da Língua Inglesa no meio rural nos dias de hoje. A globalização já é uma realidade que faz parte do cotidiano das populações urbana e rural do mundo todo.
Atualmente, a maioria dos alimentos disponíveis nos supermercados tem marca, ou apresenta itens da embalagem em inglês, sendo que, muitas vezes, o nome do próprio gênero é oriundo do vocabulário estrangeiro.
Além dos alimentos, produtos de limpeza, programas de TV, desenhos animados, músicas do rádio e muitos estabelecimentos comerciais possuem o nome em inglês. Uma estratégia de marketing que atinge adultos e crianças.
No caso específico das crianças, temos também a influência dos video games e computadores com jogos, programas e a própria internet. Estes veículos da língua franca têm sido acessados pela criança do meio rural em um ritmo rapidamente acelerado.
Outro fator importante a ser citado é a presença do vocabulário em inglês nos insumos agrícolas e maquinários, cada vez mais comuns na zona rural.
Desta forma, a língua inglesa torna-se uma necessidade, apresentando-se como uma possível ferramenta de comércio, se levarmos em conta a crescente tendência ao cooperativismo e a possibilidade de exportação de produtos além das fronteiras do Brasil.

METODOLOGIA

O projeto funciona do Primeiro ao Quinto ano, trabalhando, nos três primeiros anos, a oralidade, ou seja, as habilidades de listening e speaking, para não atrapalhar o processo de alfabetização.
A partir do Quarto Ano, começam a ser trabalhadas as quatro habilidades, listening, speaking, reading e writing. É importante salientar a importância do reforço do vocabulário em diferentes contextos e da presença do concreto durante a aprendizagem, o que acarreta a introdução progressiva de novas palavras, a cada ano, e a ênfase na ludicidade.
Além de ser uma forma de atualização e crescimento para os pequenos, o projeto também tem se mostrado uma eficiente ferramenta de inclusão social.


FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Toda a experiência no ensino de Inglês para adolescentes praticamente não tem validade no trato com crianças, pois eles possuem características bastante diferentes, o que requer uma abordagem totalmente nova.

Aquisição x Aprendizagem
Inicialmente, é preciso fazer a distinção entre os processos de aprendizagem da Língua Materna do da Segunda Língua. A distinção entre Aquisição - Aprendizagem é a hipótese mais importante da teoria da aquisição da segunda língua de Krashen, uma teoria inatista da aquisição da segunda língua que tem grande influência no ensino da mesma. De acordo com Lightbow & Spada,

Five ‘hypotheses’ constitute what krashen originally called the ‘monitor model’. He claims that research findings from a number of different domains are consistent with these hypotheses: (1) the acquisition-learning hypothesis; (2) the monitor hypothesis; the natural order hypothesis; (4) the input hypothesis; and (5) the affective filter hypothesis (1999, p.38).

House (1997) também destaca a importância da diferenciação entre as duas apontando que a aquisição ocorre através da experiência enquanto que a aprendizagem acontece por instrução formal, ou seja, “(...) we acquire as we are exposed to samples of the second language which we understand. This happens in much the same way that children pick up their first language – with no conscious attention to language form. We learn, on the other hand, via a conscious process f study and attention to form and rule learning (Lightbow & Spada, 1999, p.38). De acordo com Krashen (1988), aquisição da linguagem refere-se ao processo de assimilação natural, aprendizagem inconsciente como produto de interações reais, onde o aprendiz é um ativo participante. A aprendizagem está ligada à abordagem tradicional do estudo de línguas, com instrução formal e ênfase na escrita, é um processo cumulativo, onde o esforço de acumular conhecimentos torna-se frustrante.

Fatores que influenciam a aprendizagem
Outra hipótese importante da teoria de Krashen é a hipótese do filtro afetivo. “The ‘affective filter’ is na imaginary barrier which prevents learners from acquiring language from the available input. ‘Affect’ refers to such things as motives, needs, attitudes, and emotional states” (Lightow & Sapda, 1999, p. 39).
Para Krashen, um número de variáveis desempenha um papel facilitador na aprendizagem da segunda língua. Essas variáveis incluem: motivação, auto-confiança e ansiedade. Em outras palavras, quando o filtro está ativo impede a aquisição da língua.
Outro fator que afeta a aprendizagem da segunda língua é a idade, segundo Lightbow & Spada

(...) the Critical Period Hypothesis suggests that there is a time in human development when the brain is predisposed for success in language learning. Developmental changes in the brain, it is argued, affect the nature of the of language acquisition. According to this view, language learning which occurs after the end of the critical period may not be based on the innate biological structures believed to contribute to first language acquisition in early childhood. Rather, older learners depend on more general learning abilities – the same ones they might use to learn other kinds of skills or information. It is argued that these general learning abilities are not as successful for language learning as the more specific, innate capacities which are available to the young child (1999, p.60).

Portanto, fica evidente que quanto mais cedo se iniciarem os contatos com a segunda língua, melhores serão os resultados obtidos na aprendizagem, o que se confirma através da asserção dos mesmos autores citados anteriormente, “(...) it is better to begin second language instruction as early as possible (1999, p. 67)”.

Inglês para crianças
A criança aprende através da experiência, portanto tudo é uma situação de aprendizagem para ela. Além disso, House (1997) enfatiza a ordem da aquisição da linguagem: ouvir, falar, ler e escrever, considerando o fato de que a aprendizagem de uma língua é um processo lento. Com crianças, é preciso concentrar o trabalho no ouvir e falar para não causar confusão já que, muitas vezes, elas ainda não desenvolveram completamente suas habilidades de escrita na própria língua materna.
A respeito disso, Tabors & Snow (1998, p. 105) argumentam que “(...) other children acquire a second language after the basis for their first language hás been stablished. This sequential acquisition of a second language occurs, for instance, when a young child enters the preschool (...)”.
A escrita é a última habilidade que nós desenvolvemos na aquisição de uma língua, é a etapa mais complexa, além disso, a mesma autora citada primeiramente coloca que uma das razões para a falta de sucesso no ensino da segunda língua é a ênfase demasiada nas atividades escritas. Com crianças, os objetivos do primeiro ano de Inglês devem ser muito limitados, sendo praticados e reciclados continuamente. As estruturas não devem ser ensinadas isoladamente, fora de um contexto, principalmente porque o principal interesse deles são eles mesmos.
Algumas estratégias são fundamentais para facilitar o desenvolvimento da linguagem com crianças: oportunizar o uso da língua e interação; oportunizar a ênfase em características particulares da língua; desenvolver uma rotina para ajudar as crianças a se familiarizar com a língua; estimular a interação social.

Metodologias
Outro ponto importante a considerar é que crianças pequenas reagem a conceitos novos com energia e entusiasmo, mas não se concentram em uma mesma atividade por muito tempo. Necessitam trocar o foco de atuação com freqüência. As crianças aprendem, sobretudo, por meio de jogos, músicas, poemas e atividades motoras. As crianças são expostas e uma grande variedade de vocabulário.
Partindo-se desse pressuposto, é preciso, então, analisar os métodos a fim de encontrar o ideal, que possa ser utilizado com elas. Entre eles, pode-se citar o Método Tradicional ou “(...) the Classical Method: focus on grammatical rules, memorization of vocabulary and of various declensions and conjugations, translations of texts, doing written exercises (BROWN, 2001, p.18)”.
Com esta metodologia propunha-se a tradução e a versão como base de compreensão da língua em estudo. Os alunos recebiam e elaboravam listas exaustivas de vocabulário e os exercícios de aplicação tratavam de ditados, traduções e versões.
Em substituição ao método tradicional, surgiu o Método Direto, “(…) lots of oral interaction, spontaneous use of the language, no translation between first and second languages, and little or no analysis of grammatical rules (BROWN, 2001, p. 21)”. Seu princípio fundamental era o de que a aprendizagem deveria se dar em contato direto com a língua em estudo, a língua materna deveria ser completamente abolida da sala de aula, a transmissão de significados se dava através de gestos, gravuras, fotos, enfim, tudo o que facilitasse a compreensão.
Mais tarde, surge, então, o Método Áudio-Lingual, onde a língua era vista como um conjunto de hábitos condicionados que se adquiriam através de um processo mecânico de estímulo-resposta, as respostas certas dadas pelo aluno deveriam ser imediatamente reforçadas pelo professor. Mas segundo Brown “(we) discovered that language was not really acquired through a process of habit formation and overlearning, that errors were not necessarily to be avoided at all costs, and that structural linguistics did not tell us everything about language that we needed to know (2001, p. 23)”.
Então nos deparamos com a Abordagem Comunicativa, centralizando o ensino da língua estrangeira na comunicação, cujo objetivo é ensinar o aluno a se comunicar em língua estrangeira e adquirir uma competência de comunicação. De acordo com Brown, “(i)t is difficult to offer a definition of CLT (2001, p. 43)”. Na verdade, este método possui seis características básicas: os objetivos são focados em todos os componentes da competência comunicativa; as técnicas são usadas para engajar os estudantes com autêntico uso da língua para propósitos significativos; fluência e precisão são princípios complementares; nas aulas os aprendizes têm que usar a língua produtivamente e receptivamente; é oportunizado aos estudantes focar no seu próprio processo de aprendizagem através do entendimento de seu próprio estilo de aprendizagem e através do desenvolvimento de estratégias apropriadas; o papel do professor é o de facilitador e guia.
Portanto, a palavra metodologia agrega não só os pressupostos teóricos e ideologias no ensino de uma língua estrangeira, mas a prática feita em sala para que tal embasamento teórico surta seu efeito esperado.


The best methods are therefore those that supply ‘comprehensible input’ in low anxiety situations, containing messages that students really want to hear. These methods do not force early production in the second language, but allow students to produce when they are ‘ready’, recognizing that improvement comes from supplying communicative and comprehensible input, and not from forcing and correcting production.
Stephen Krashen

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LIGHTBOW, Patsy M. & SPADA, Nina. How Languages are learned. Oxford: Oxford, 1999.
BROWN, H. Douglas. Teaching by principles. White Plains: New York, 2001.
HOUSE, Susan. An introduction to teaching English to children. Richmond: London, 1997.
TABORS, Patton O. & SNOW, Catherine E. English as a second language in preschool programs. In: GENESEE, Fred. Educating second language children – the whole child, the whole curriculum, the whole community. Cambridge: London, 1998.

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